terça-feira, março 22, 2005

No Comboio, a chegar à Amadora

A sair do Cacém
já eu estou no trem
a caminho da faculdade
a toda a velocidade.

Nesta rima rápida
e simpática
numa atitude apática
perante esta vida.

A passar na Reboleira
vendo o sol pela ombreira
da porta automática
observo uma criança simpática.

Um sorriso brilhante
melhora a minha disposição,
é muito cedo para a concentração
a poesia é fascinante.

Esta escrita inspirada
pela vida marcada.
Não escrevo por necessidade,
apenas sinto vontade.

Ao parar em Benfica
os meus olhos percorrem
o pessoal que fica
pois não são muitos que saem.

Próxima estação Sete Rios
embalado pelo comboio
procuro rima para -oio
nem encontro para -ios.

Nesta falha minha
chego ao fim da linha.
Preparo-me para sair,
saio a seguir.

2 comentários:

Anónimo disse...

Oi Marco , estava fazendo um tur pelos blogs e vim visitar o seu , achei sua poesia interessante e muito natural!!!
Nunca pare de deixar aqui suas belas artes pois sao muito bonitas e sinceras ....

byebye Fernanda Simões / Brasil

Rui Sousa disse...

Um poema sem pretensões e inspirado de que gostei.

Faz-me lembrar as minhas viagens do ALgueirão a Sete Rios, com paragem em Benfica.

Um abraço e continuação de boa poesia.
Rui Sousa